Após obter o visto norte americano, comprar as passagens e planejar meticulosamente sua viagem, chegará o dia das tão sonhadas férias, feriado ou outro momento feliz em que você irá finalmente aos Estados Unidos. Esteja preparado para a imigração!

A primeira vez que estive no país do tio Sam foi em 2014, de lá pra cá, algumas coisas mudaram...

Naquela oportunidade, viajava com uma amiga, que já tinha ido para a Califórnia no ano anterior. As perguntas da imigração variaram muito entre as minhas e as dela.Bem, começando do início, quando estávamos há uma hora da chegada em Miami, a comissária de bordo nos entregou um formulário azul chamado 6059B Customs Declaration, de um lado ele vinha escrito em inglês e do outro, havia a versão em espanhol. Nele, nós preenchemos nossos dados pessoais e perguntas alfandegárias, a respeito, por exemplo, da entrada de produtos de origem vegetal ou animal...

Quando pousamos, seguimos o fluxo de passageiros até o setor de imigração, no qual pegamos a fila de "Non-U.S. Citizens".

Fomos juntas ao guichê e o oficial perguntou se era a nossa primeira vez, eu disse que sim e ela disse que já havia estado ali. Sobre a primeira vez, fui convidada a posicionar meus dedos sobre um scanner para digitais, seguindo, foi tirada uma foto minha. O oficial nos perguntou o motivo de nossa viagem, quantos dias ficaríamos, em que lugar nos hospedaríamos. Eu havia impresso todo o itinerário, já que conheceríamos Miami, Orlando, Nova Iorque, Washington D.C. e também iríamos fazer um cruzeiro. Foram 21 dias incríveis...

Voltando ao foco, após respondermos as perguntas, que duraram uns 4 minutos, fomos recebidas com os tão esperados carimbos no passaporte e um sorriso de boas vindas.

Logo após, pegamos nossas bagagens e passamos por uma segunda fila, agora da alfândega, onde nossas malas passaram pelo raio-X e nos foi perguntado se estávamos levando comida na mala. (O detalhe que todo amigo meu já sabe, é que eu geralmente levo água mineral para as viagens, pois não suporto a água salobra dos países da América Latina, mas, por medo de ser barrada - quase me aconteceu isso no México, confiei que haveria água alcalina nos EUA).

Após este procedimento, corremos pro abraço... no caso, pegamos o trem entre os terminais até as lojas de aluguel de carro.

Nos dois anos seguintes, viajei sozinha, entrei por Orlando... onde os oficiais ficaram muito desconfiados do motivo pelo qual eu viajava sem acompanhantes... mas tudo deu certo em curtos bate papos.

De 2017 para cá, o procedimento foi alterado, viajei pela Copa Airlines nas duas oportunidades em que estive nos Estados Unidos, em voos para Los Angeles e Orlando.

Ainda no Brasil, no momento do check-in, tive que indicar o endereço da minha hospedagem nos Estados Unidos, sob pena de não poder embarcar, além disso, tive que dizer o número do voo e o dia do retorno ao lar.

Não tive mais que preencher o formulário de imigração desde então.

Em Los Angeles, ao entrar na fila de não cidadãos, fui direcionada para um quiosque de controle automático, no qual havia a possibilidade de escolha do idioma em que eu gostaria de ser atendida, incluindo o português. Para que você não passe embaraços como eu, abra seu passaporte na página do seu visto norte americano e insira-o para ser escaneado. A máquina calcula sua altura e posiciona uma máquina fotográfica que captura uma foto (no estilo 3x4).

Após isso, os agentes da imigração formaram duas linhas, em uma, as pessoas que passaram por este quiosque simplesmente já recebiam o carimbo e se dirigiam à bagagem... no meu caso, peguei a outra fila, na qual passei pelas famosas perguntas: qual o motivo da sua viagem? Quantos dias vai ficar? Quanto você pretende gastar em sua estadia? Depois, fui liberada para curtir as férias :)

Neste fim de ano, em Orlando, fui recebida por apenas uma pergunta: você conhece alguém nos Estados Unidos? Eu respondi, sim, vou encontrar minha irmã... e as portas se abriram.

Ao que tudo indica, o preenchimento do formulário não é mais obrigatório, uma vez que você indica suas direções no ato do check-in, mesmo assim, lembre-se de levar consigo o passaporte com visto, dinheiro, cartões de crédito e uma caneta.

Situação totalmente diversa da minha, foi a de uma amiga que viajou pela primeira vez aos Estados Unidos, mas preencheu o formulário de maneira diversa com o que constava no sistema da segurança, após todas as perguntas de praxe, ela foi conduzida para uma segunda etapa da imigração, a famosa "salinha", ela explicou a contradição, que consistia na divergência do cargo que ela ocupa no trabalho, neste caso, minha amiga foi salva pela carteira funcional que levou consigo.

lembre-se

 

As dicas importantes a serem seguidas são:

  • - mantenha a calma em todas as hipóteses, responda de pronto as perguntas que lhes são feitas;
  • se você não dominar o idioma inglês, pergunte sobre a possibilidade de um intérprete em português ou espanhol (se você souber). Os agentes sempre foram receptivos comigo, mesmo perguntando de imediato "Do you speak Spanish, Sir?"
  • tenha em mãos as reservas de hotel e passagens aéreas de todos os trechos de sua viagem, isto não é obrigatório, mas em caso de perguntarem, você já terá todas as informações de imediato;
  • nunca use os termos "bomba", "terrorista", "terrorismo" e afins, o momento da imigração não comporta brincadeiras;
  • saiba o valor que você leva em dinheiro e, de preferência, leve cartão de crédito internacional, sabendo o valor do limite;
  • por toda a área da imigração e alfândega não utilize aparelhos eletrônicos, seu uso é proibido;
  • quando você for o próximo a ser atendido, mantenha-se atrás da linha de segurança (marcada no chão) e só se dirija a um guichê quando for chamado;
  • por fim, mas não menos importante, lembre-se que os costumes de outros países são diferentes dos nossos, por isso, não toque no agente de segurança.

Por hoje é só, caso tenha passado por alguma situação diversa, compartilhe-a conosco nos comentários. E, surgindo alguma dúvida, pergunte-nos sobre.

Uma excelente viagem e até a próxima!

Abraços,

jelins

Jessica Lins, 32 anos, Advogada Licenciada, Servidora Pública do Estado de Goiás, viajante QUASE profissional, uma Cidadã do Mundo ;)